Jornal dos Desportos

Director: Matias Adriano
Director Adjunto: Policarpo da Rosa

Opinião
por Zongo Fernando dos Santos

Ele está no meio de nós mas não é dos nossos!

28 de Outubro, 2019
Sem pretender deitar mais combustível no fogo, entendo que se for para ter no país responsáveis de marketing desportivo com o perfil medíocre, semelhante ou coincidentemente igual ao do Yuri de Sousa, responsável de marketing do Petro de Luanda, então qualquer “Kambomborinho”, permitam a expressão, neste país pode ser, num piscar de olhos, responsável de marketing de qualquer clube, não importando a sua dimensão.
O pobre e infeliz espectáculo proporcionado pelo Yuri de Sousa, responsável de marketing do Petro de Luanda, logo após ter terminado um outro espectáculo, que por sinal esteve acima da média, refiro-me ao jogo entre o Petro de Luanda e o Progresso do Sambizanga, ocorrido no passado dia 18 do corrente mês, foi prova clara de que apesar de estarmos todos misturados, nunca caberemos todos no mesmo saco! Não é por mero acaso, que faço parte de um pequeno e restrito grupo de profissionais e especialistas de marketing desportivo, que por meio deste artigo, aproveita a oportunidade para expressar indignação e vergonha, por um facto protagonizado pelo Yuri de Sousa, que, em abono da verdade desportiva e profissional, passou todos os limites.
O Petro de Luanda, um dos clubes mais populares de Angola, o clube de coração de milhões de homens, mulheres, de crianças, jovens, adultos e até de idosos deste país, e com adeptos espalhados um pouco pelos quatro cantos da diáspora, não pode e não deve ter uma direcção que pactua com uma evidência mediática negativa, estúpida e absurda que manchou a imagem do clube, acto desencadeado ironicamente por alguém, que tem como missão profissional e laboral ser o primeiro a zelar pela boa imagem da instituição!
A cada instante que revejo as imagens, fico sem acreditar e incrédulo me pergunto, que profissional de marketing desportivo com postura, atitude e que se preze, ter-se-ia envolvido numa cena, que há muito não se vê nos infantários?
O primeiro responsável de marketing do Petro de Luanda que conheci, foi o Célio Mendes, e diga-se em abono da verdade, que o nosso primeiro contacto aconteceu em circunstâncias pitorescas. Na altura, ao telefone estendi-lhe o convite para ao lado de José Pedro Marta, serem os principais interlocutores do 1º fórum marketing desportivo, convite que ele acedeu com respeito e amabilidade.
No dia marcado para a realização do referido fórum, e logo após a sua especializada e didáctica apresentação, fui informado por meio do próprio, que havia rescindido contrato com o Petro de Luanda, por conflitos de interesse. Na altura fiquei estupefacto!
O segundo responsável de marketing do Petro de Luanda com quem cheguei muitas vezes e em muitas ocasiões privar assuntos relacionados com o exercício de marketing desportivo no país, chamava-se Carvalho Pumba.
A dada altura e cansado de tanto ser abandalhado, subalternado pela direcção do eixo-viário liderada por Tomás Faria, que o havia relegado ao papel de simples garçon, chegou a me confidenciar, que mais cedo do que tarde, iria renunciar o cargo, facto consumado poucas semanas depois.
Não podia deixar de passar por alto, o facto de Carvalho Pumba, ter sido a semelhança de Célio Mendes, um dos principais interlocutores do 2º fórum marketing desportivo.
Quis a ironia do destino que eu viesse a conhecer pessoalmente o terceiro responsável de marketing do Petro de Luanda, o João Cláudio, que hoje desempenha as funções de chefe de departamento para o futebol sénior da equipa do Catetão. Numa só linha, dá-me imenso gozo dizer, que João Cláudio na altura era a pessoa errada para o lugar certo.
Notava-se que na altura ele só estava a fazer o papel de kumbanga ó pimpa, não muito pelo seu próprio demérito, mas pelo mérito de quem lá o colocou, fazendo-me recordar uma expressão célebre usada por um antigo governante angolano, já falecido, que a dada altura chegou a perguntar, se alguma vez se viu um cágado a subir a árvore com os seus próprios pés!
Quem como eu observou atentamente a sua performance, durante o primeiro simpósio sobre marketing desportivo organizado entre mim e o Interclube de Angola, sabe que faço a afirmação acima com a noção de que eventualmente posso estar errado em pequeníssima escala, mas que não deixo de ter uma grande dose de razão.
Aliás é escusado dizer, que o próprio João Cláudio sabia disso. Sinceramente não preciso conhecer o Yuri de Sousa, embora me desse um imenso prazer cruzar com ele na próxima esquina e vê-lo a falar sobre marketing desportivo, não só para ter uma ideia mais circunspecta, mais principalmente puder conhecer o seu “CV”, depois da grande e fedorenta “Dizumba”, que deixou no Estádio 11 de Novembro, ao agir sem clara noção do que é ser e saber estar no marketing desportivo.
Se o Yuri de Sousa foi contratado para reformar o marketing e a comunicação no Petro de Luanda, e não aguenta ou então está a “desconseguir”, então o marketing e a comunicação devem fazer o favor de reformar o Yuri de Sousa, mesmo que a direcção dos tricolores não assuma o ónus!

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