Opinião
Evitar a eutanásia desportiva vai valer a pena
31 de Maio, 2018
A última feira internacional de negócios realizada foi há dias no Cwanza-Norte. Antes, foi a de Benguela. Luanda prepara-se para abrir as portas da Filda, transferida para a Zona Económica Especial depois de uma experiência não muito bem-sucedida na Marginal. As feiras produzem receitas. Muitas ou assim-assim mas produzem.
Falar destas bolsas de negócios é situar a economia na absorção dos conceitos dos novos ventos do mercado. Os sinais dos tempos aconselham “correr muito para continuar no mesmo sítio”, como ironizou Vaz Velho. Logo, é íngreme a montanha a escalar para que as soluções estejam à mão de semear.
As feiras trazem empresários e homens de negócios à mesma bolsa financeira. Ao mesmo ambiente para fechar parcerias e satisfazer livremente interesses. Ao incentivo e promoção de bens e serviços. Digamos ganhar dinheiro, como sugere Vikas Swaruy em “Quem quer ser milionário”?
Contextualizando, entre nós, tendo em conta o quadro indissolvível, a julgar pelas inúmeras reclamações, a mais recente com Srdjan Vasiljevic, ao ameaçar abandonar os Palancas Negras por falta de condições, logo o desporto deveria ser o grande interessado da proposta do escritor campeão de debates de Allahabad.
E como não existe por cá um “Caldeirão do Huck” e tentar-se a sorte, as soluções devem ser outras. Como os bons exemplos devem ser partilhados, e não querendo ser um “Vendedor de sonhos” proposta de Augusto Cury no seu apetecível romance, o desporto poderia sonhar em partir para a aventura de realização de uma Expo-desporto, ou seja, uma bolsa de valores desportivos e, ao atingir o cume da colina, parir um rato.
Não é pecado mergulhar no mundo das ideias e tentar insinuar soluções que possam ajudar a escalar esta íngreme montanha. Pois, as evidências aconselham-nos a não olhar nesta altura para o sector do desporto como financeiramente capaz.
Como aparenta não ser, então não pode permanecer ilhado no seu mundo de parente pobre. As leis do mercado concorrencial sugerem criatividade e a busca de soluções mágicas para a obtenção de receitas.
Se uma bolsa de negócios desportivos não for também oportuna, há que optar por outros revezamentos. A verdade, independentemente da posição normativa em sede destas matérias, o desporto não pode se flexionar por falta de jogo de cintura e fazer figas para que o arrastão milagrosamente se esfume. Nem o relógio suíço pode determinar a hora do fim. Embora “tudo que tem um começo, tem um fim”.
A Expo-desporto que poderia ser realizada à volta do Pavilhão do Arena do Kilamba (Risos), atrairia um conglomerado de empresários amantes do desporto, homens de negócios, atletas novos e antigos e toda indústria desportiva. Disse uma vez o ex-Presidente da República, “duas cabeças pensam melhor”. E para os acordos de parcerias, uma joint venture, são duas ou mais a puxar dos galões.
Para melhorar, é preciso saber compreender que não se está bem. O vendaval petrolífero deixou tudo e todos de mãos atadas. Mas barco parado não move moinho. A bandeira desportiva tem de continuar a menear sob o ponto de vista das finanças e não a meia-haste.
Faz todo o sentido evitar-se mais “Hervé Renad”. Pois, estaríamos a continuar a passar ao mundo, qual facebook de Mark Zuckerberg, a mensagem de que o desporto não cabe nos planos de desenvolvimento. Seja como for, evitar a eutanásia desportiva, vai valer a pena.
AGOSTINHO CHITATA
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