Opinião
por Teixeira Cândido
Ganhos que podem ir ao ralo
07 de Abril, 2021
Não há menor dúvidas de que a paz, o fim da guerra, representa dos maiores ganhos do povo angolano, depois da incompreensão havida entre os irmãos. Depois de assistirmos muitos dos nossos concidadãos perder as respectivas vidas, de modo inocente. Felizmente, esse período está enterrado, e assistimos no decurso desse tempo “o nascimento” de infra-estruturas jamais havida.
É escusado recordar que o País conheceu a construção de quatro estádios modernos, ainda que se questione a sua qualidade, outros foram reabilitados. E ainda pavilhões para desporto de salão, em Malanje, Cabinda, Namibe, Huambo e Benguela.
A circulação de pessoas e bens, apesar das dificuldades das estradas, faz-se com segurança, ao contrário doutros tempos em que chegar ao fim da viagem era em si um ‘milagre’. Ao lado de todas essas infra-estruturas, o País assistiu muitos eventos continentais e mundial, Campeonatos Africanos de Futebol, Basquetebol e Andebol, e Mundial de Hóquei em Patins.
Todas essas estruturas que consumiram milhões e milhões de dólares dos cofres do Estado estão a degradar-se aos olhos nus, simplesmente porque não se aloca verbas para a sua manutenção, e esse exercício é caro em qualquer parte do mundo.
A manutenção de um estádio da dimensão do 11 de Novembro, Ombaka, Chiazi ou da Nossa Senhora do Monte é cara. E os Estados avisados privatizam a gestão.
Por cá, o Estado não quer seguir o exemplo, fizeram-se estudos que recomendaram precisamente a privatização da gestão dessas estruturas, mas o Estado não deu ouvidos.
Esses estádios correm o risco de custar menos da metade do valor em menos de vinte anos, situação de todo incompreensível e que representa o desrespeito para com o dinheiro do Estado.
Está a ser com os Pavilhões construídos em 2007 para os Campeonatos Africanos, de Basquetebol e de Andebol. Hoje são estruturas obsoletas, quase inúteis, simplesmente porque o Estado não previu ou não quis privatizar a sua gestão.
Ou seja, foram empenhados milhões e esses milhões podem ir para o ralo porque as estruturas estão completamente destruídas, em menos de vinte anos, quando o pavilhão da Cidadela (o principal) tem quase cinquenta anos e aí está, ainda que tenha beneficiado de intervenções.
Portanto, a paz ofereceu ao desporto nacional infra-estruturas à altura da sua grandeza, porém, a negligência ou outra atitude próxima, pode deixar o País sem essas estruturas.
É urgente salvar os milhões empenhados naquelas estruturas. E não será sem antes engajar outros milhões.
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