Opinião
O futuro do Girabola
13 de Agosto, 2018
Correm os dias para o fim de mais uma edição da prova maior do futebol nacional: o Girabola. Uma competição saturada pelas costuras. Mergulhada em suspeitas de corrupção, numa pobreza que ultrapassa os limites da franciscana, atacando todos, e organizativamente, nada apelativa. Esta é a identidade da maior manifestação futebolística nacional, como se dizia no tempo do partido único e da economia centralizada. Já lá vão quase trinta anos, desde que o País se desprendeu do tal regime. Estamos à beira de mais uma feira de privatizações de empresas públicas, sinal de que a economia de mercado é definitiva. Porém os senhores que conduzem o futebol nacional ainda não acordaram. Ou lhes dá jeito continuarem deitados, pois assim podem ficar vinte anos nas direcções dos clubes, não precisam de quaisquer habilidades de gestão, dado que o dinheiro lhes chega de maneira automática, profissionalismo é um conceito que lhes faz confusão e assim caminha a prova maior. Há muito que se pede o fim do actual modelo do Girabola para uma liga, capaz de valorizar a competição e estancar problemas básicos, que ainda acompanham o futebol nacional. Mas a Federação Angolana e os presidentes dos clubes, vivem noutro planeta. A FAF seria a primeira interessada, já existem estudos, basta um acto de coragem e nada mais. É necessário aproveitar o momento de reorganização, que se assiste em todos sectores do País, para se empurrar também o futebol. É bom manter presente, o facto de que todas as vacas têm menopausas. Os clubes das províncias sabem disso. Aliás, das outras províncias. Muitos deles acreditavam ainda que o futebol era um factor de união e o desporto um acto revolucionário. E hoje já não sabem quem lhes ensinou a repetir estes slogans. Em Luanda, há dois clubes que podem ganhar dinheiro, transmitindo a sua experiência: o Atlético Sport Aviação (ASA) e o Benfica. A procissão ainda vai ao adro. Os sinos continuam a tocar, se forem ignorados, vai faltar Girabola um dia. Camarões, que se situa a três horas de Luanda, não tem futebol este ano. É consequência da teimosia.
Teixeira Cândido
Últimas Opiniões
-
19 de Março, 2020
O campeonato nacional de futebol da primeira divisão vai dobrando os últimos contornos. A presente edição, amputada face a desqualificação do 1º de Maio de Benguela, abeira-se do seu fim . Entretanto, do ponto de vista classificativo as coisas estão longe de se definirem. No topo, o 1º de Agosto e o Petro travam uma luta sem quartel pelo título.
-
17 de Março, 2020
Estamos melhor do que nunca. A pressão é para as pessoas que não têm arroz e feijão para comer. Estamos sem pressão, temos todos bons salários e boas condições de trabalho. Estamos numa situação de privilégio e até ao último jogo tivemos apenas duas derrotas.
-
17 de Março, 2020
A suspensão de diferentes competições desportivas a nível mundial em função do coronavírus, já declarada pela OMS-Organização Mundial da Saúde como Pandemia, remete-nos, mais uma vez, a reflectir sobre a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Pelo menos até aqui, o COI-Comité Olímpico Internacional mantém de pé a ideia de realizar o evento nos prazos previstos.
-
14 de Março, 2020
Cá entre nós, o fim do ciclo olímpico, tal com é consabido, obriga, por imperativos legais, por parte das Associações Desportivas, de um modo geral e global, a realização de pleitos eleitorais para a renovação de mandatos.
-
14 de Março, 2020
Acho que o Estado deve velar por essas infra-estruturas.
edição impressa
subscreverversão impressa
tempo

Max:32ºC Min:25ºC

Max:30ºC Min:25ºC
inquérito
O que acha da escolha da Selecção A?
Você e o Jornal dos desportos
Cartas dos leitores
Participe, escreva ao Jornal dos Desportos