Opinião
Petro vai tentar conquistar a África
02 de Fevereiro, 2019
A campanha do Petro de Luanda nas Afrotaças merece uma palavrinha de incentivo, se tivermos em conta, que por um lado representa o nosso País, por outro, há a necessidade de um dos grandes do futebol nacional conquistar a África do futebol e impor o respeito que há muito procuramos.
Na verdade, a entrada fulgurante do Petro de Luanda na edição deste ano da Taça da Confederação, proporcionou que acalentássemos esperanças quanto ao revigorar do clube do Catetão, que desde os longínquos anos da década de 1990 não consegue impor-se na África do futebol.
Lá vão os tempos, em que os tricolores tendo à cabeça o carismático Tala Ngongo Totoy Monteiro, dirigente astuto e António Clemente, técnico, com um plantel recheado de valores como Tó -Zé, Lúcio, Panzo, Franco, Pepé, Afonso, Moreno, Chico Afonso, Makuéria, Porto, Laika, Avelino, Bodú, Dico, N’Sumbo, Haia, Lito Gouveia, Jesus, Abel e outros, puseram em sentido muitos dos potenciais clubes de África. Hoje, cerca de um quarto de século passado (25 anos), a marca Petro contínua intacta, todavia, não mais com o vigor dos tempos anteriores, naturalmente devido a uma mão cheia de factores enumerados, precisávamos de pelo menos cinco edições inteiras deste jornal para enumerar.
Independentemente de tudo, o presente é que conta, embora se saiba que só se compreende o presente, conhecendo-se o passado, e só assim se perspectiva da melhor forma o futuro. E, parece, que neste quesito, o Petro de Luanda fez bem os cálculos, pois, depois de uma autêntica travessia no deserto em que fechou o círculo africano, encara outra realidade.
A epopeia tricolor, quando em pleno Estádio Olímpico do Cairo ousou vencer o então papão do futebol africano, Al Ahly, por 2-4, serve de referência obrigatória. Era, quase impensável, admitir antes, entretanto, a legião de Gilberto, Avelino Lopes, Flávio, Lamá, Wilson, Renato e outros, souberam dobrar o Ahl Ahly em sua casa.
Todos os factos históricos servem para capitalizar vontades e ansiedade, o querer, a força de vencer, enfim, deve impulsionar a juventude actual em que pontificam, Job, Gerson, Wilson, Herenilson, Vá, Azulão Tóny, Além e outros, a assumirem o desafio e fazer jus ao passado de luta e de glórias.
O Petro de Luanda está inserido nesta fase, no Grupo D, conjuntamente com as equipas do Zamalek, do Egipto; Nasr Athletic Hussein Dey, da Argélia e Gor Mahia, do Kénia. Um grupo, na opinião de muitos analistas, muito equilibrado e que pode levar o Petro de Luanda fazer alguma safra. Ou seja, alcançar as meias-finais e quiçá, chegar à final. Os nomes não jogam, só a competência competitiva.
No calendário, o nosso Petro de Luanda defronta no dia 3 de Fevereiro, o Athletic Hussein Dey, da Argélia, em casa deste, para no dia 13 receber no Estádio 11 de Novembro, em Luanda, o Gor Mahia Futebol Clube, formação do Quénia que tem história neste tipo de competições embora, sem voos altos. O teste a dor, vai ser sem dúvidas com o “todo-poderoso” Zamalek, do Egipto, desafio aprazado para 24 de Fevereiro, no estádio Borg El Arab, na cidade egípcia de Alexandria, às 21 horas locais. Será com a mesma equipa do país dos faraós que os petrolíferos abrem a segunda volta, no dia 3 de Março, em Luanda, no Estádio 11 de Novembro, às 17 horas; sete dias mais tarde, ou seja a 10, o nosso representante volta a jogar em casa com o Nasr Athletic Hussein Dey, da Argélia, para o segundo turno, fecha a fase de grupos com o Gor Mahia, do Kénia, no dia 17, às19 horas, no estádio Misc Kasarani, em Nairobi.
Estão lançados os dados para que o Petro de Luanda faça um estudo profundo e analise devidamente, que neste tipo de competições o mais importante é ganhar os jogos em casa, seja com que adversário for, ter ambição e capacidade de pontuar nos jogos extramuros.
Assim, o nosso representante pode augurar altos patamares para alcançar os seus nobres objectivos. A conquista da África do futebol, pode ser um facto (…). Tenho dito! Morais Canãmua
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