José Nkai, um dos participantes da derradeira Batalha do Cuito Cuanavale, a 23 de Março de 1988, ocorrida no Triângulo do Tumpo, na província do Cuando Cubango, entre as forças das extintas FAPLA e da África do Sul racista, acredita que, com a experiência vivida por Angola, durante aquele sangrento conflito armado, coloca o país numa posição de baluarte da pacificação e da integridade dos povos da Região da SADC e quiçá do mundo.
Em entrevista ao Jornal de Angola, por ocasião das comemorações do 36º aniversário do fim daquele sangrento conflito, que alterou o contexto sociopolítico da região, José Nkai, que foi empossado há dias ao cargo de vice-presidente do Fórum dos Combatentes da Batalha do Cuito Cuanavale para o Legado Histórico e Social, disse que, quanto à geopolítica e estratégica, o país, como já tem vindo a fazer, deve continuar a advogar para a pacificação de vários países que ainda enfrentam conflitos armados, tanto no continente africano, como no mundo.
"Angola pode e deve aproveitar o fim do conflito armado e, principalmente, com a vitória da Batalha do Cuito Cuanavale que já remonta há 36 anos, para desempenhar o papel de pacificadora da região. Queremos acreditar que a experiência vivida durante aquele conflito armado, agora com o calar das armas, pode sim advogar para o fim de vários conflitos militares que ainda grassam a região”, frisou.
Protagonistas
instados a
escrever livros
Os participantes da guerra que assolou o Sul de Angola, até 23 de Março de 1988, e que levou à libertação da Região da SADC, devem, na opinião de José Nkai, contar os factos em livros para que a história daquele conflito sangrento seja transmitida com verdade às futuras gerações.
O vice-presidente do Fórum dos Combatentes da Batalha do Cuito Cuanavale para o Legado Histórico e Social, José Nkai, que foi o primeiro a publicar um livro sobre a referida Batalha, frisou que a verdadeira essência do referido conflito armado está a ser deturpada por indivíduos que buscam apenas protagonismo.
"Se os angolanos dominam ou não o que se passou há 36 anos, no campo de batalha, na Região do Cuito Cuanavale e não só, eu responderia que não. Se calhar uma minoria, porque começou a se estragar a essência desta vitória, a partir de 2009 e 2010, altura em que se fez eco e cada um buscava um certo protagonismo. O MPLA diz que foi o fiel vencedor e, na verdade, é, com ajuda de cubanos e soviéticos. Mas, a UNITA, por sua vez, não aceita que houve vitória no campo militar, alegando que houve um empate técnico e que houve um acordo, por aí em adiante”, acrescentou.
Segundo José Nkai, essa divergência entre o MPLA e a UNITA pode confundir o povo, por não saber em quem acreditar, daí defender a necessidade de se constituir a história, através de várias versões, para melhor ser estudada.
"Eu defendo maior divulgação porque hoje é triste lembrar-se da Batalha do Cuito Cuanavale apenas em Março de cada ano. Também algumas academias interessadas podem contribuir para o conhecimento da essência e a verdadeira história”, defendeu José Nkai.
No sistema de ensino do país, como defendeu José Nkai, deve ser incluído trechos sobre a célebre Batalha do Cuito Cuanavale, tendo em consideração as múltiplas vantagens e benefícios que trouxe para os cidadãos da SADC.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginAngola defendeu, ontem, em Genebra (Suíça), a inclusão de temas ligados à educação para a paz, prevenção de conflitos e concertação das agendas parlamentares a nível regional, dando o exemplo dos Parlamentos dos países da SADC e da CIRGL.
Questões de âmbito Político-diplomático, Defesa e Segurança, Direitos Humanos, Migratório, Económico-empresarial e Jurídico-legal estiveram, quinta-feira, na mesa de conversações entre peritos angolanos e namibianos reunidos em Luanda.
A presidente do Conselho de Administração da Assembleia Nacional, Suzana de Melo, elogiou, ontem, as acções do Governo Provincial do Huambo, com realce para as obras inscritas na carteira do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), do Programa de Transferências Monetárias “Kwenda”, bem como do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA).
Um convite dirigido ao Chefe de Estado, João Lourenço, para participar na cerimónia de investidura do Presidente de El Salvador, Nayib Bukele, foi entregue, quarta-feira, ao representante permanente de Angola junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, Francisco José da Cruz.
Angola defendeu, ontem, em Genebra (Suíça), a inclusão de temas ligados à educação para a paz, prevenção de conflitos e concertação das agendas parlamentares a nível regional, dando o exemplo dos Parlamentos dos países da SADC e da CIRGL.
O ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto dos Santos, informou, em Luanda, depois do encontro com os deputados da 5.ª Comissão da Assembleia Nacional, que no país foram construídas, de 2009 a 2023, cerca de 350 mil habitações, só na esfera do Estado, entre centralidades, urbanizações e casas sociais.
Com o objectivo de manter-se na liderança, o Petro de Luanda espera vencer o Kabuscorp do Palanca, em partida a disputar hoje, às 16h00, no Estádio 11 de Novembro, pontuável para a 27.ª jornada do Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão, Girabola.